SpaceX e Blue Origin, Colonização, Musk e Bezos, os homens que querem pôr-nos em Marte
SpaceX e Blue Origin poderão abrir as portas à colonização do Planeta vermelho mais cedo do que o que pensamos A seguir Mais vistas MULTIMÉDIA Investir em cães: Os 10 mais caros do mundo DINHEIRO 9 sinais de que nunca ficará rico UNIVERSIDADES 31 coisas a fazer antes de deixar a Universidade RECUPERAÇÃO Grupo de Barcelos compra fábrica falida e chama antigos trabalhadores VIAGENS As 13 cidades mais baratas da Europa para um fim de semana Elon Musk hesitou, um pouco embaraçado, e educadamente rejeitou a oferta. Uma participante na conferência da SpaceX durante o Congresso Internacional de Astronáutica, no México, pediu-lhe se podia subir a palco e beijá-lo. “Um beijo de boa sorte”, pediu. Musk esboçou um sorriso amarelo. Tinha acabado de apresentar o projeto mais ambicioso da sua vida, talvez da de todos nós: a nave espacial que levará humanos para colonizar Marte. Talvez quisesse ser levado mais a sério, frente a uma comunidade científica que arregalou os olhos nos diagramas apresentados pelo visionário. Musk não quer apenas fazer história, quer ficar inscrito nela. Quer ser responsável pela sua continuação.
“A história vai bifurcar-se numa de duas direções: uma, ficamos na Terra para sempre, e depois haverá um evento que levará à extinção. A alternativa é tornarmo-nos uma civilização espalhada pelo espaço, uma espécie multiplanetária, que espero que concordem é a direção certa”, explicou na conferência. “É por isso que queremos ir.” A ideia é criar uma cidade autossustentável no planeta vermelho, e atingir uma colónia humana de um milhão de pessoas – algo que demorará entre 40 e 100 anos com viagens frequentes, calcula a SpaceX. O método? O Interplanetary Transport System (ITS), um sistema de transporte que, com tudo incluído (nave, propulsor e intensificador), mede 122 metros de altura. É um big fucking rocket, como vários meios lhe chamaram.
Musk pretende iniciar as viagens para Marte em 2022, 20 anos depois de ter criado a SpaceX. Nessa altura, já se tinha tornado milionário depois de vender o serviço PayPal à eBay. Tudo o que veio a seguir foi sempre com esta ideia em mente: financiar a grande aventura para Marte. Muito antes de assumir a liderança da Tesla. Ou de comprar a SolarCity. E o progresso que a SpaceX fez nos últimos anos será fundamental para a história da exploração espacial da humanidade – a empresa foi a primeira a conseguir reutilizar um foguete, em vez de o fazer incinerar-se na atmosfera ou cair no oceano, como até agora. Isto permitirá reduzir drasticamente os custos das viagens espaciais. É um big fucking rocket, como vários meios lhe chamaram “Usando métodos tradicionais, o custo de ir a Marte é de 10 mil milhões de dólares por pessoa”, explicou Musk. “Precisamos de baixar isto para o preço médio de uma casa nos Estados Unidos, cerca de 200 mil dólares.” Ou seja, melhorar o custo 5000000%. Isso acontecerá com total reutilização dos foguetões, possibilidade de reabastecer em órbita, o desenho de propulsores adequados e a produção dos propulsores em Marte. Para ilustrar como a reutilização é crítica, Musk comparou com o mercado da aviação comercial. Se de cada vez que voássemos num Boeing 737 entre Los Angeles e Las Vegas este fosse destruído, a viagem custaria meio milhão de dólares, em vez de 40 ou 50. E se tivéssemos de comprar um carro para cada viagem? É o mesmo racional. No caso de Marte, há apenas uma janela de lançamento possível a partir da Terra a cada 26 meses. Por isso, estamos a falar de uma necessidade de reutilização bem menos frequente. Se o preço baixar, Musk acredita que muita gente quererá ir. No caso de Marte, há apenas uma janela de lançamento possível a partir da Terra a cada 26 meses. “Marte terá uma escassez laboral durante muito tempo, por isso emprego não será problema”, brincou. Mas os primeiros humanos a irem terão de ter consciência do enorme risco de morte que vão enfrentar. E Elon Musk, que quer ver crescer os filhos, com certeza não será o primeiro a embarcar. Nem Jeff Bezos, que está oficialmente constituído como némesis de Elon Musk nesta jornada. O CEO da Amazon, que criou a rival Blue Origin antes mesmo do aparecimento da SpaceX, também quer pôr pessoas em Marte. E na lua. E noutros planetas.
O presidente da empresa, Rob Meyerson, deu alguns detalhes da visão no mesmo congresso, em Guadalajara. Na próxima semana, a Blue Origin irá proceder a um novo lançamento do foguetão New Shepard, que já conseguiu reutilizar o intensificador quatro vezes (desta vez, este não deverá resistir). Mas em cima da mesa está o desenho de uma nave muito, muito maior: a New Armstrong. “Quando tivermos milhões de pessoas a viverem e a trabalharem no espaço, queremos poder levá-las a muitos destinos”, disse Meyerson, na conferência. “Marte será uma delas. A lua será outra. A New Armstrong está a ser desenhada para essa visão de longo prazo.” O presidente admitiu que a visão demorará décadas a tornar-se realidade. Talvez o calendário mais apertado de Elon Musk dê o impulso necessário para que esta indústria, até hoje tão cara e reservada a nichos, expluda em direção ao infinito e mais além.
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