Foda-se a tua ironia, as tuas desculpas descabidas e o teu discurso para tentares convencer-me de que o erro foi meu, mesmo quando tu sabes perfeitamente que quem errou foste tu. Foda-se essa tua paciência sempre curta quando eu tento conversar contigo sobre o que ainda restou de nós e percebo que tu não te importas. Foda-se também as tuas exigências, a tua cara de pau para me mentires e jurares pelo mundo que tudo o que disseste foi verdade. Foda-se as tuas “verdades”! Foda-se essa tua mania de te ausentares justamente quando eu te procuro, e de me procurares quando eu resolvo ausentar-me. Foda-se esse teu amor pequeno que tu dizes sentir por mim só para me iludires, foda-se também todos os ”amo-te” que tu dizes só para que eu acredite nas tuas desculpas e confie nessa insegurança que tu me trouxeste.
Foda-se esse teu jogo que eu já cansei de perder, de te ver a rir da minha cara, de me pedires perdão e no final, fazeres tudo mais uma vez. Foda-se os rodeios que tu fazes quando queres fugir de um assunto, e queres saber? Foda-se essa tua fuga também! Hoje eu acordei e decidi desfazer-me de tudo que não somava na minha vida, inclusive tu. Eu não preciso nem mereço o teu orgulho. Eu não mereço enviar-te mensagens e esperar, no mínimo, dois dias para que tu me respondas. Eu não mereço mais o teu egoísmo, esse teu jeito de dizeres que sentes a minha falta, que queres o meu bem, que desejas ficar perto de mim, mas tudo isso só quando te convém. De nunca estares disponível quando eu precisava e de quereres que eu estivesse sempre disponível quando te apetecia.
Hoje eu acordei e enfiei na minha cabeça que, de uma vez por todas, eu tenho que tirar-te da minha vida, e um dia o coração há de entender isso também. Hoje eu acordei e disse para mim: Foda-se as tuas merdas! Foda-se as tuas lágrimas, a tua tristeza e tudo o resto que tu fazes para me convencer. Cansei das tuas encenações baratas.