COISAS que as pessoas com FORÇA MENTAL não fazem

Coisas que as pessoas com força mental não fazem. A autora, Amy Morin, além de ser psicoterapeuta, professora de psicologia e assistente social, sintetizou em 13 tópicos as atitudes que permitem evitar pensamentos, emoções e comportamentos destrutivos – a trilogia essencial – e desenvolver força mental para atingir o sucesso.

 

1. Não perdem tempo a sentir pena de si próprios. “Sentir pena de si mesmo é auto-destrutivo”, diz Morin. “Permitir-se auto-compaixão impede que viva a vida em pleno”, acrescenta. Este tipo de comportamento desperdiça tempo e energias, cria emoções negativas e prejudica os seus relacionamentos. O truque para acabar com este comportamento é “afirmar o bem que há no Mundo, e começará a apreciar aquilo que tem”, ensina a autora, sugerindo que troque a auto-compaixão por gratidão.
2. Não abdicam do seu poder. As pessoas abdicam do seu poder quando não estabelecem limites físicos e emocionais, descreve Morin. É preciso que se defenda e estabeleça limites, visto que, se outros estiverem no controle das suas ações serão eles a definir o seu sucesso e valor. É importante que mantenha um registo dos seus objetivos e trabalhe em função deles. Morin gosta de dar o exemplo de Oprah Winfrey como sendo alguém que tem um forte domínio do seu próprio poder. Tendo crescido na pobreza e sofrido abusos sexuais, Oprah “escolheu definir quem iria ser na vida não abdicando do seu poder”.
3. Não fogem da mudança. Morin descreve cinco etapas da mudança: pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção. Seguir cada uma das etapas é fundamental, dado que fazer mudanças pode ser assustador, mas fugir delas impede o crescimento. “Quanto mais tempo esperar, mais difícil será”, avisa Morin.
4. Não focam a atenção no que não podem controlar. “Dá uma sensação de grande segurança ter tudo sob controlo, mas pensar que temos sempre o poder de fazer as coisas acontecerem como queremos pode tornar-se problemático”, avisa Morin. Tentar controlar tudo é, provavelmente, uma resposta à ansiedade. “Em vez de se concentrar na gestão da sua ansiedade, tenta controlar o ambiente que o rodeia”, justifica a especialista. Alterar o foco para as coisas que não pode controlar pode, de facto, aumentar a felicidade, diminuir o stress, melhorar os relacionamentos, trazer novas oportunidades e mais sucesso.
5. Não se preocupam em agradar a todos. Frequentemente, julgamo-nos a nós próprios levando em conta o que outros pensam de nós – o que é o oposto da força mental. Morin elenca quatro factos sobre a tentativa de agradar a todos constantemente: é uma perda de tempo; quem tenta agradar a todos é facilmente manipulável, é normal que outros se sintam zangados ou desiludidos e ninguém consegue agradar a todos. Deixe-se disso e será mais forte e terá mais auto-confiança.
6. Não têm medo de assumir riscos calculados. Frequentemente, diz Morin, as pessoas têm medo de assumir riscos, sejam financeiros, físicos, emocionais, sociais ou relacionados com os negócios. Mas tudo depende do conhecimento. “A falta de conhecimento sobre como calcular riscos cria um medo aumentado”, diz a autora. Para analizar melhor um risco, pergunte a si mesmo as seguintes questões: – Quais são os potenciais custos? – Quais são os potenciais benefícios? – Como é que isto vai ajudar-me a atingir o meu objetivo? – Quais são as alternativas? – Quão bom será se o melhor cenário possível se concretizar? – Qual é a pior coisa que pode acontecer e como posso reduzir o risco de isso acontecer? – Quão mau será se o pior cenário possível se concretizar? – Quanto é que esta decisão vai importar daqui a cinco anos?
7. Não se perdem no passado. O passado está no passado. Não há maneira de alterar o que aconteceu e “viver no passado pode ser auto-destrutivo, impedindo-o de apreciar o presente e planear o futuro”, escreve Morin. Além de não resolver nada, pode levar à depressão, alerta. Pode haver, porém, uma vantagem em pensar no passado. Pensar nas lições aprendidas, considerar os factos em vez das emoções e encarar uma situação sob uma nova perspetiva pode ser útil.
8. Não repetem os mesmos erros. Refletir pode garantir que não repete os mesmos erros. É importante estudar o que terá corrido mal, o que podia ter corrido melhor e como fazê-lo de forma diferente na próxima vez, escreve Morin. As pessoas mentalmente fortes aceitam responsabilidade pelo erro e criam um plano cuidadosamente redigido para evitar tornar a repetir o erro no futuro.
9. Não ficam ressentidas com o sucesso dos outros. O ressentimento é como a raiva que fica escondida e acumulada, diz Morin. Prestar atenção ao sucesso de outra pessoa não vai contribuir para o seu, na medida em que o distrai do seu percurso. Mesmo que venha a tornar-se bem sucedido, poderá nunca sentir-se satisfeito se estiver sempre distraído com os outros. Pode, ainda, descuidar os seus talentos e abandonar os seus valores e relacionamentos.
10. Não desistem após o primeiro fracasso. O sucesso não é imediato e o fracasso é, quase sempre, um obstáculo que terá de contornar. “Veja, por exemplo, Theodor Giesel, também conhecido como Dr. Seuss, cujo primeiro livro foi rejeitado por mais de 20 editoras”, aponta Morin. Dr. Seuss é, hoje, um autor presente na maioria dos lares norte-americanos. Pensar que o falhanço é inaceitável ou que significa que não é suficientemente bom não reflete força mental. Na verdade, “tornar a tentar depois do fracasso fá-lo-á mais forte”, remata Morin.
11. Não têm de medo de estar sozinhas. “Arranjar tempo para estar sozinho com os seus pensamentos pode ser uma experiência poderosa e que pode dar-lhe ferramentas para atingir os seus objetivos”, escreve Morin. Tornar-se mentalmente forte “exige que reserve tempo do dia-a-dia para se concentrar no crescimento”. Morin faz uma lista dos benefícios da solidão no seu livro: – Solidão no escritório pode aumentar a produtividade. – Tempo sozinho pode aumentar a sua empatia. – Passar tempo sozinho estimula a criatividade. – Capacidades para a solidão são boas para a saúde mental. – A solidão proporciona reparação.
12. Não sentem que o mundo lhes deve alguma coisa. É fácil sentir-se zangado com o mundo devido aos seus fracassos ou falta de sucesso, mas a verdade é que ninguém tem direito a nada. Tem de ser conquistado. “A vida não é feita para ser justa”, escreve Morin. Se algumas pessoas experienciam mais felicidade ou sucesso do que outras “é a vida – mas isso não quer dizer que seja credor de alguma coisa se lhe calhou má sorte”. A chave é concentrar os seus esforços, aceitar as críticas, reconhecer as suas falhas e não manter um registo de vitórias e perdas, sugere a psicoterapeuta. Comparar-se a si mesmo com outros só irá levá-lo à desilusão se não receber aquilo que de que se acha merecedor.
13. Não esperam resultados imediatos. “Uma disposição para desenvolver expetativas realistas e a compreensão de que o sucesso não acontece da noite para o dia são necessários se quiser atingir o seu potencial máximo”, considera Morin. As pessoas mentalmente fracas são, frequentemente, impacientes. Sobrestimam as suas capacidades e subestimam o tempo que a mudança demora a acontecer, por isso esperam resultados imediatos, diz a terapeuta. É importante “manter os olhos no prémio” e trabalhar incansavelmente pelos seus objetivos de longo prazo. Haverá fracassos ao longo do caminho, mas se medir o seu progresso e olhar para o quadro geral, o sucesso será alcançável.
 
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